Referência do artigo para leitura na íntegra:
DI FRANCO, Carlos Alberto. A juventude que grita por presença. Jornal O Estado de S. Paulo, 9 jun. 2025. Disponível na seção de opinião do jornal.
Resumo do artigo
No artigo A juventude que grita por presença, publicado no jornal O Estado de S. Paulo, o conceituado jornalista Carlos Alberto Di Franco faz um alerta sobre a crise que atinge os adolescentes do Brasil e que se repete em todo o mundo.
O texto parte de uma pesquisa feita pelo Instituto Papo de Homem, com o apoio do Pacto Global da ONU.
A pesquisa apresenta dados preocupantes:
🔸 Um em cada cinco adolescentes entre 13 e 17 anos se declara viciado em pornografia.
🔸 Muitos admitem dependência de jogos digitais.
🔸 Mais de 14% dizem que suas principais referências de masculinidade são influenciadores digitais.
Segundo Di Franco, esses números apontam para uma juventude carente de afeto, limites e autoridade moral. O autor destaca que muitos adolescentes vivem uma “orfandade afetiva”, mesmo morando com os pais. O autor também alerta para os riscos do consumo excessivo de pornografia e da dependência digital, que afetam diretamente o desenvolvimento emocional dos jovens.
Para ele, a reconstrução dos lares, com pais mais presentes e afetivos, é o caminho para formar jovens mais equilibrados, fortes e saudáveis.

Por que eu gostei do artigo
Dou aulas para alunos do ensino médio. Também conheço muitos pais, mães e adolescentes na região onde moro. Sempre que encontro um bom texto sobre a situação da juventude, presto atenção. Foi o caso desse artigo.
O autor não fala apenas com dados, mas com sensibilidade. O retrato que ele faz é bem realista. Vejo isso no dia a dia: muitos jovens estão viciados em redes sociais, pornografia, jogos eletrônicos (inclusive violentos). Ao mesmo tempo, estão emocionalmente frágeis. É comum encontrarmos adolescentes com ansiedade, depressão, desatenção e impulsividade.
Achei importante também a parte do texto sobre os danos causados pela pornografia. A pornografia, além de viciar, distorce o modo de ver o outro, enfraquece os laços afetivos e incentiva comportamentos egoístas e até violentos. Se já é perigosa para adultos, imagine então o impacto sobre crianças e adolescentes em fase de formação!
Concordo também quando o autor defende a importância dos pais na vida dos filhos. Os jovens não precisam de pais perfeitos, mas de pais presentes. Pais que amam, que ouvem, que educam com firmeza e carinho. Limites claros, estabelecidos com amor, protegem.
Recomendo, portanto a leitura do artigo A juventude que grita por presença. Ele chama atenção para os desafios enfrentados pelos jovens e nos motiva a fazer o que for possível para ajudá-los.
Trechos do artigo para saborear
“Nossa juventude vive uma silenciosa tragédia moral.”
“Um adolescente viciado em pornografia não apenas consome imagens, mas vai sendo, pouco a pouco, deformado por elas.”
“A geração [atual está] órfã, ainda que cercada de tecnologia, conforto e acesso à informação.”
“Os adolescentes não precisam de perfeição, mas de presença. Precisam de pais que digam ‘eu te amo’, de homens que mostrem, pelo exemplo, o que significa ser forte sem ser violento, decidido sem ser opressor, sensível sem ser frágil.”
“Toda criança precisa saber que existe um limite. E que esse limite não é uma punição, mas um ato de amor. Num mundo onde tudo é permitido, o jovem se perde.”
“[Devemos] dizer não ao relativismo moral, enfrentar a normalização da pornografia, romper com a cultura do ‘deixa estar’.”