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O enigma de William Shakespeare

O objetivo deste post é comentar brevemente o interessantíssimo artigo “O enigma de Shakespeare”, publicado na revista Despertai! de 8 de agosto de 1988, páginas 22 a 24. O texto pode ser lido em aproximadamente 10 minutos e está disponível gratuitamente neste link:

O enigma de William Shakespeare — Revista Despertai

Principais pontos do artigo

Logo no início, o artigo destaca que William Shakespeare é considerado por muitos o maior dramaturgo (ou seja, autor de peças teatrais) da história. Suas obras continuam sendo encenadas no mundo todo e traduzidas para dezenas de idiomas. Vale lembrar que sua produção vai muito além de Romeu e Julieta — há um verdadeiro universo de peças e personagens a serem explorados.

No entanto, o texto também apresenta uma curiosa controvérsia: será que foi mesmo Shakespeare quem escreveu todas essas obras? Para alguns estudiosos, isso ainda é um enigma.

Capa do First Folio (1623), primeira coletânea das peças de Shakespeare

O motivo principal dessa dúvida está na riqueza de conteúdo de suas peças. O autor demonstra conhecimento detalhado de áreas como direito, medicina, guerra, navegação, etiqueta da corte, línguas clássicas e religião. Além disso, suas obras contêm centenas de referências bíblicas — segundo uma edição anterior da revista Despertai, mais de mil. Diante disso, muitos se perguntam: como um homem com formação modesta, vindo do interior da Inglaterra, poderia dominar tantos temas?

Essa aparente contradição levou alguns a sugerirem que Shakespeare poderia ter sido apenas um nome de fachada, usado para ocultar a identidade de um ou mais autores — entre eles, nomes como Francis Bacon, o conde de Derby e até mesmo a rainha Elizabeth I são mencionados em teorias alternativas. Há também quem defenda que ele talvez tenha editado ou adaptado textos de outros escritores.

Stratford upon Avon, cidade no interior da Inglaterra onde Shakespeare nasceu e passou boa parte da sua vida.

Apesar disso, o artigo lembra que muitos estudiosos sérios acreditam firmemente que William Shakespeare foi o verdadeiro autor de suas obras. A Nova Enciclopédia Britânica, por exemplo, afirma que “nenhum importante erudito shakespeariano duvida da autenticidade de sua autoria”. Ainda assim, a dúvida persiste, e talvez o enigma jamais seja completamente resolvido.

Por que eu gostei do artigo

Gostei porque, mesmo sendo um texto curto — dá para ler em menos de 10 minutos — ele consegue destacar a importância da obra de Shakespeare e despertar no leitor a vontade de conhecer melhor esse autor tão prestigiado.

Outro ponto positivo é o estilo de escrita leve e acessível, sem abrir mão da precisão e do rigor das fontes utilizadas — como a já citada Nova Enciclopédia Britânica. Isso dá mais credibilidade ao texto e facilita a leitura para qualquer público, inclusive estudantes.

Algumas informações apresentadas na revista me chamaram bastante a atenção. Por exemplo:
Um cidadão bem instruído usa em média 4 mil palavras no dia a dia. Já Shakespeare usou cerca de 21 mil palavras em suas obras! Outro dado curioso: nenhum manuscrito original das peças de Shakespeare foi encontrado até hoje, e nem mesmo livros foram mencionados em seu testamento.

Em Londres, o Teatro Globe deu vida às peças de Shakespeare e foi essencial para sua consagração como autor

Também achei interessante saber da forte presença de citações bíblicas nas peças, algo que, sem dúvida, contribuiu para o estilo elevado e reflexivo de sua escrita.

Recomendo, portanto,  a leitura completa do artigo, disponível gratuitamente no link abaixo. Em breve, novos posts aqui no blog vão explorar as peças de Shakespeare, que é tido por muitos como o “supremo gênio da palavra”.

O enigma de William Shakespeare — Revista Despertai

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